Inovação e tecnologia nas licitações públicas: oportunidades e desafios

A transformação nas licitações públicas melhora a eficiência e transparência dos processos, impulsionando inovação e resultados estratégicos com apoio da Lei 14.133/2021.

Criado em 27 nov 24

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Por Carol Luz

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Inovação e tecnologia nas licitações públicas: oportunidades e desafios

A transformação nas compras públicas, impulsionada por novas tecnologias e abordagens, torna os processos mais eficientes, aumenta a transparência e promove melhores resultados para todos os envolvidos.

Relação entre inovação e compras públicas

Inovar no setor público trata-se de melhorar processos, aplicar novas tecnologias e introduzir práticas mais eficientes. Segundo Bracarense, a inovação permite que governos atendam melhor às demandas por transparência, eficiência e qualidade, ao mesmo tempo, em que criam ambientes mais colaborativos entre administração pública, fornecedores e sociedade.

Como ressaltou Virgínia: “A inovação no setor público não é um luxo, é uma necessidade. Precisamos modernizar processos para garantir que eles sejam acessíveis, ágeis e confiáveis para todos os envolvidos.”

Um exemplo claro é a Lei 14.133/2021, que trouxe novos instrumentos para fomentar a inovação. Entre eles, destaca-se a modalidade de Diálogo Competitivo, que possibilita a aplicação de soluções tecnológicas inéditas no setor. “Essa lei abriu um espaço incrível para a criatividade técnica no setor público. Ferramentas como a matriz de riscos e o Procedimento de Manifestação de Interesse permitem explorar soluções inovadoras que antes sequer eram consideradas,” explicou a palestrante.

Compras públicas com um novo olhar estratégico

As compras públicas representam uma parte significativa do PIB brasileiro e podem ser uma poderosa ferramenta para implementar políticas públicas que impactam áreas como inclusão social e sustentabilidade. Por isso, é fundamental, que sejam vistas além de um simples processo burocrático. Elas devem ser encaradas como ações estratégicas para o desenvolvimento do país.

Virgínia destacou: “O mercado de compras públicas movimenta bilhões e, ainda assim, muitos gestores públicos ainda encaram isso como apenas mais um procedimento administrativo. Precisamos mudar essa mentalidade para extrair o máximo de valor desse sistema.”

Para que essa mudança ocorra, é vital o diálogo entre os diversos atores. Governos, empresas e a sociedade precisam se alinhar para que as soluções inovadoras não apenas atendam às necessidades legais, mas também sejam economicamente viáveis e socialmente responsáveis.

Tecnologia é mais que TI: é conhecimento aplicado

Embora a tecnologia da informação seja fundamental, Bracarense reforça que inovar vai além de software. “Quando falamos de tecnologia, muitas vezes pensamos apenas em ferramentas digitais, mas é muito mais do que isso. Tecnologia é conhecimento aplicado. É sobre melhorar processos, criar acessibilidade e tornar a gestão pública mais eficiente,” afirmou.

Ferramentas como automação de processos e inteligência artificial permitem maior acessibilidade às informações e simplificam os processos licitatórios. Plataformas como o Portal Nacional de Contratações Públicas e sistemas como o Taxigov são exemplos concretos de como a tecnologia pode agilizar e otimizar as licitações, gerando economia para o governo e ampliando as oportunidades para empresas.

“Soluções como marketplaces de compras públicas estão transformando o modo como fornecedores interagem com a administração pública. Isso é tecnologia aplicada à inclusão, à inovação e à eficiência,” destacou Virgínia.

Como fomentar a inovação nas compras públicas?

A nova legislação oferece uma base sólida para iniciativas inovadoras. Dentre os principais pontos, destacam-se:

  • Matriz de riscos (art. 6º, XXVII): incentiva contratados a propor soluções tecnológicas e metodológicas.
  • Diálogo competitivo (art. 32): promove a integração de tecnologias inéditas no processo.
  • Contratação semi-integrada (art. 46, §5º): permite mudanças no projeto básico com base em inovações superiores.

Virgínia enfatizou: “É preciso compreender que a legislação é um facilitador, mas a inovação depende de pessoas. Gestores, fornecedores e cidadãos precisam estar abertos ao novo para que esse sistema funcione como deveria.”

Além disso, a capacitação contínua e o planejamento estratégico são essenciais para que gestores públicos e fornecedores aproveitem ao máximo as oportunidades oferecidas por essas mudanças.

A transformação nas compras públicas é uma necessidade para o setor acompanhar as demandas de uma sociedade cada vez mais conectada e exigente. E a palestra de Virgínia Bracarense foi um convite para repensarmos as compras públicas como um motor de inovação e transformação.

Com iniciativas como as destacadas durante o Effecti Experience 2024, o futuro das licitações no Brasil caminha para ser mais eficiente, transparente e inclusivo. “Não basta querer modernizar; precisamos agir com propósito, com metas claras de eficiência, eficácia e efetividade,” concluiu Virgínia.

Vamos juntos transformar desafios em oportunidades e construir um setor público mais moderno e conectado com as reais necessidades da sociedade?!

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